
Muita gente popularmente acaba conhecendo as doenças ligadas à tireoide como “aquela que engorda” e “aquela que emagrece”, porém, a realidade é um pouco mais complexa que isso.
Existe uma série de doenças relacionadas à tireoide: as tireoidites crônicas, agudas, autoimunes, os nódulos da tireoide (produtores ou não produtores de hormônios) e os cânceres de tireoide.
Em resumo, para que possamos diagnosticar as doenças da tireoide precisamos saber o que estamos procurando. É necessário diferenciar se os sinais são locais: como dor e vermelhidão em região cervical com dias a semanas desde o início dos sintomas, nesse caso pensamos em tireoidites agudas ou subagudas, que são causadas por vírus ou bactérias.
No caso de sintomas crônicos, como fadiga, sonolência e edema, a hipótese diagnóstica passa a ser o hipotireoidismo. Atentando-se ao fato de serem sintomas inespecíficos, ou seja, que também podem ser causados por outras doenças.
Na outra extremidade temos o hipertireoidismo, em que o paciente apresenta insônia, tremores, taquicardia e perda de peso. Esta tireotoxicose, como chamamos o excesso de hormônios tireoidianos, pode ser causada por uma doença autoimune, a Doença de Graves, ou por um nódulo tireoidiano produtor de hormônio, o adenoma tóxico.
Quando há presença de bócio, ou aumento do volume tireoidiano, devemos investigar também quanto à presença de nódulos, através da ultrassonografia de tireoide. Dependendo das características e tamanho do nódulo, prosseguimos para a investigação de câncer de tireoide.
Como podemos ver, a tireoide é uma glândula que pode apresentar uma gama ampla de alterações. E para diagnosticá-las corretamente, precisamos tanto de uma anamnese bem feita quanto de exames laboratoriais e de imagem.
Por Dra. Jannini Valli Moreira
Endocrinologista – Biosete Clínicas