Sentir dor na região lombar é algo praticamente unânime. Pelos motivos mais variados, em diversas faixas etárias, quase todo mundo já passou por essa situação desagradável. É importante saber que a dor lombar é um sintoma, não uma doença e pode resultar de várias anormalidades ou doenças conhecidas ou desconhecidas. É definida pela localização da dor, tipicamente entre as costela e glúteos e geralmente é acompanhada de dor em uma ou ambas as pernas.
Algumas pessoas com dor lombar têm sintomas neurológicos (dormência ou formigamento) associados aos membros inferiores. Para quase todas as pessoas que apresentam este sintoma, a causa especifica não pode ser identificada, sendo classificadas simplesmente como dor lombar não especifica. Apenas uma pequena proporção de pessoas tem uma causa patológica nitidamente identificada (fratura vertebral, infecção, doença, etc.).
CAUSAS DE DOR LOMBAR
Muitos achados em exames de imagem identificados em pessoas com dor lombar também são comuns em pessoas sem dor. Sendo assim, até o momento, as evidências são insuficientes para saber se os achados de exame de imagens (Raio X ou Ressonância Magnética) podem ser úteis para prever o inicio futuro ou curso da dor lombar. Não existem evidências de que o exame de imagem melhore os resultados do tratamento e as diretrizes não recomendam o uso rotineiro de exames de imagens para pessoas com dor lombar;
QUÃO COMUM É A DOR LOMBAR?
Incomum na primeira década de vida, a prevalência da lombalgia aumenta a partir da adolescência. Cerca de 40% das crianças de 9 a 18 anos relatam ter lombalgia. A maioria dos adultos terá dor lombar em algum momento da vida. A prevalência mediana anual em todo mundo na população adulta é de cerca de 37%, atinge o pico na meia idade e é mais comuns em mulheres do que em homens.
CARGA E IMPACTO DA DOR LOMBAR
A dor lombar é a principal causa de incapacidade em todo o mundo. Cerca de 540 milhões de pessoas estão sofrendo com os sintomas da dor lombar em todo o mundo. A incapacidade por lombalgia aumentou em 54% entre 1990 e 2015, em função do envelhecimento e aumento da população.
HISTÓRIA NATURAL
A maioria das pessoas com novos episódios de dor lombar se recupera rapidamente. Existem fortes evidências científicas de que a maioria dos episódios de dor lombar melhora substancialmente em 6 semanas. Em 12 meses, os níveis médios de dor são baixos, chegando a 6 pontos em uma escala de 100 pontos (quanto maior a pontuação, maior a intensidade da dor). No entanto, 2/3 dos pacientes ainda relatam dor aos 3 meses (67%) e 12 meses (65%). A recorrência de dor lombar é comum: 33% das pessoas terão recorrência em 1 ano.
AFINAL, EXISTE SOLUÇÃO?
Existe solução, sim! Mas é necessário tomar cuidado. De analgésicos a emplastros, nas prateleiras das farmácias são encontradas diversas promessas de curas para a lombalgia, porém os especialistas alertam que não há eficácia comprovada na maioria delas. A solução definitiva está relacionada ao tratamento na causa da dor, sendo assim o recomendado é procurar um especialista para investigar a origem e tratar de maneira mais adequada.
Maxssuel Rodrigues Oliveira é Fisioterapeuta e especialista em Musculação Terapêutica do Biosete FIT.